No homem, o AMOR é o que há de mais sublime, precioso, vivaz... É o que permite superar a si mesmo na descoberta do outro fazendo-o ir além, no sentido de poder compreender com maior nitidez a realeza humana e, porque não mencionar até mesmo do mistério divino. O AMOR enquanto perfeição, supõe com naturalidade reciprocidade. Tendo em vista a falta de relações profundas e sólidas causadas pela "BANALIZAÇÃO", podemos dizer que é preciso que nos capacitemos para o Amor, praticando a transgressão, no seu sentido mais profundo, de rompimento com todas as formaspreconceituosas e repressoras culturalmente conhecidas, só assim conseguiremos realmente nos desprendermos de todas as armaduras passadas e presentes em nossa história de vida, para viver com mais liberdade as alternativas amorosas, que formos capazes de construir.
Estar com o outro implica abrir-se ao mundo, à vida e corajosamente trilhar o caminho do crescimento, sustentado pelo aprendizado mútuo e auto gestivo da vida afetiva. O ser humano no mais profundo de seus sentimentos, mesmo vivendo em meio a BANALIZAÇÃO DO AMOR, tem a necessidade vital de AMAR e ser AMADO!
A solidão só existe para quem se fecha a experiência amorosa, pois quando voltamos nosso olhar para ela, apesar das angústias, das perdas e dos sofrimentos, vislumbramos que a alegria, o prazer e a felicidade dependem de nossa relação amorosa. E o crescimento de uma pessoa depende de sua capacidade de suportar esses múltiplos aspectos da dimensão afetiva.
AMAR e ser AMADO, uma ousadia própria do ser HUMANO, que requer coragem e vontade. A ousadia humana em poder AMAR e ser AMADO consiste em um aprendizado permanente em que se inclui a pessoa amada e suas contingênciasexistenciais, independente delas serem aquelas que idealizamos. Proclamar a boa notícia de que estamos AMANDO é assumir um compromisso e afirmar que algo profundo está se concretizando.

Fernando Carlos da Silva
Bacharel Licenciado em Filosofia
PUC/Minas
Pós-Graduando em Pedagogia Catequética na Universidade Católica de Goiás